segunda-feira, 17 de março de 2014

Moradores do Santa Delmira não aguentam o descaso em relação ao viaduto e fazem protesto

No início desse domingo (16), moradores do bairro Santa Delmira protestaram contra as incoerências do viaduto 01, em especial contra a ideia da implantação de um semáforo. O objetivo inicial do viaduto era atender às necessidades da população. Infelizmente, as irregularidades começaram desde cedo: o projeto foi inaugurado em fevereiro pela Governadora do Rio Grande do Norte, mesmo antes de estar concluído.
Que ideia contraditória é essa de colocar um semáforo em um viaduto? Por acaso o objetivo não seria diminuir o fluxo de trânsito? E como um sinal de trânsito pode ajudar nisso? Essas perguntas não são só suas, mas foram unânimes para quem participou do ato dos manifestantes. Esse semáforo está sendo idealizado com desejos lucrativos de beneficiar os postos de gasolina próximos ao local, e os moradores estão dispostos a boicotá-los. 
O líder do bairro, Antônio Marcos da Silva, alegou que a luta não é apenas contra a instalação do semáforo, mas também a favor de sinalização, iluminação, e uma estrutura completa no local.
 “Fizeram um trabalho grande e ninguém foi beneficiado ainda, e a falta da liberação da parte de baixo impede a minha locomoção. Já fui até assaltado aqui por causa da escuridão. A gente que mora no Santa Delmira está sofrendo muito. Vou sempre pro trabalho correndo risco. Nunca teve sinalização, e eu vinha da UnP, encostei o carro, e um cara me assaltou. Se você vem do sentido Fortaleza-Mossoró a rua é toda cheia de buracos.” Indagou Nildo, morador e ciclista do bairro. O morador Severino Januário também alegou que há a dificuldade em atravessar por não terem ajeitado as passarelas, e muitos idosos colocam suas vidas em risco.
Como a parte de cima do viaduto está em funcionamento, quem a usa tem o seu benefício. Mas os moradores em geral (2 abolições, Santa Delmira, Redenção e Integração) sofrem, pois seriam usuários da parte que não está em funcionamento.
Durante o protesto, as passagens do
viaduto foram bloqueadas para que o tráfego de veículos fosse desviado para a Av. Rio Branco. Vale ressaltar que o ato durou em torno de 2 horas, e nenhum secretário, nem engenheiro, ou representante do Governo do Estado compareceu ao local. Assim, os dirigentes do movimento ameaçaram fazer outro protesto, mas da próxima vez, além de bloquear o viaduto, impedirão também a entrada ao Santa Delmira e o tráfego que liga à Av. Rio Branco.
O lamentável foi a ausência do grupo do Movimento Pau de Arara. Os vereadores Narciso e Alex do Frango assumiram uma posição contra a aplicação dos semáforos, e declararam que estão se dedicando a trabalhar com os presidentes de Conselho e Câmara Municipal de Mossoró.
Agradecemos ao grupo Voz e Vez, a Naldinho, presidente do Conselho Comunitário, e ao líder comunitário, Antônio Marcos da Silva. Precisamos que medidas sejam tomadas por parte do Município, Governo Estadual e Federal, pois não há previsão de inauguração com o projeto inicial concluído.


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Complexo Viário do Abolição

Tal projeto nasceu com o objetivo de ordenar o tráfego de veículos, o acesso a diversas áreas residenciais e industriais da cidade. Além de pontos críticos na BR 304 que causavam acidentes, por isso a necessidade da interferência na questão urbanística.

O viaduto 04, localizado no cruzamento entre a BR-304 e a Av. Felipe Camarão, que dá acesso à cidade de Apodi já foi liberado para o tráfego. Para a liberação do viaduto 05, localizado na saída para Natal, o Governo do Estado trabalha para a readequação do projeto para melhor atender aos requisitos de segurança da rodovia federal. Outros dois viadutos seguem em obras: O viaduto 02 que promete dar mais segurança no cruzamento com Av. Abel Coelho, local onde ocorre maior número de acidentes. O viaduto 03, localizado no cruzamento da BR-304 com Rua João da Escócia, que vai facilitar o acesso ao Campus da Universidade Potiguar e ao principal shopping de Mossoró, empreendimentos importantes para a economia da cidade.
Fugindo um pouco do objetivo de ordenar o tráfego de veículos e pedestres, o viaduto 01 localizado no conjunto Santa Delmira onde passa na BR 304 na saída para Fortaleza (que é o segundo do complexo do abolição a ser liberado) tem a opção de tráfego por cima e está sendo motivo de reclamações para a população mossoroense, principalmente para quem passa na parte inferior do viaduto, onde foi construído justamente com a finalidade de acabar com o cruzamento que existe na entrada do Santa Delmira, mas para decepção de todos não foi isso que aconteceu, o perigo no cruzamento ainda é existente. 
Para o Engenheiro da Secretaria Estadual de Infraestrutura que executa a obra do Complexo Viário do Abolição, o acesso na marginal da BR foi uma solicitação do DNIT (órgão também responsável por essa obra), o mesmo esquema de tráfego também será implantado nos outros dois viadutos que ainda estão em construção.
A expectativa do Governo é entregar a estrutura completa do Complexo da Abolição ainda no primeiro semestre de 2014. 



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sábado, 15 de março de 2014

Mossoró está preparada para receber as chuvas?


É costumeiro que a população mossoroense fique temerosa ao se deparar com as consequências das enxurradas, tendo que conviver com alagamentos, enchentes e buracos nas ruas. Isso ocorre devido a falta de infraestrutura, ocasionada pelo aumento da área urbana, que reduz a área de infiltração, gerando assim um maior escoamento e acúmulo de água nas ruas. 
As grandes oportunidades que a nossa cidade oferece, e o crescimento populacional reflete na construção de casas, avenidas e indústrias.  Logo, parte dessas construções está localizada em locais impróprios (geralmente são famílias pobres) que não seguem o Plano Diretor - instrumento básico da política de expansão urbana e desenvolvimento social, econômico, cultural e ambiental, determinante para os agentes públicos e privados que atuam no Município (Lei complementar N.º 012/2006).
Na faixa do Rio Mossoró, o uso e ocupação do solo ocorre de maneira inadequada, pois segundo o código florestal é proibido a construção de imóveis às margens dos rios.
A consequência disso tudo é que, em anos de cheia, as margens do Rio Mossoró crescem bastante. Outro problema são os lixos jogados nas ruas, evitando o escoamento e passagem da água para seu real destino. Assim, sempre que ocorre uma chuva intensa, a atenção e preocupação são redobrados, principalmente em ruas com drenagem deficiente.  A cidade se torna um caos quando se trata de locomoção. 
Já que o índice de crescimento populacional vem aumentando e o aumento do espaço urbano é inevitável, uma boa alternativa para evitar enchentes e alagamentos são os pavimentos permeáveis, cuja função é infiltrar a água para lençóis freáticos, evitando os alagamentos.

O mercado de pavimentos permeáveis cresce em torno de 25% por ano nos Estados Unidos. Pode até parecer uma realidade distante da nossa, mas um projeto de lei visando o uso obrigatório desse tipo de pavimento em estacionamentos e calçadas, seria uma medida efetiva para solução do problema.

Boletim informativo:
Segundo o Engenheiro Rudah Marques Maniçoba – Engenheiro Agrícola e Ambiental (UFERSA), mestrando em Engenharia Sanitária (UFRN), no dia 13/03/2014 choveu aproximadamente 16,7 mm na cidade de Mossoró-RN. Quantidade inferior a chuva ocorrida no dia 25/02/2014 de aproximadamente 21,6 mm (EMPARN). Vejamos a seguir um gráfico comparativo da precipitação em Mossoró de primeiro de janeiro à 14 de março para os anos de 2013 e 2014.


Comparação da precipitação entre os anos 2013 e 2014 (Janeiro a Março) para a cidade de Mossoró-RN.



Quando chove em Mossoró, como o seu dia é influenciado?


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sexta-feira, 14 de março de 2014

O crescimento urbano e a má viabilidade urbana de Mossoró

A cidade de Mossoró tem uma característica marcante, que é a metamorfose urbana sofrida nos últimos 10 anos. Os moradores mais antigos ainda se lembram da época em que podiam subir em um prédio de dois andares, e era possível ver toda a cidade. Hoje temos prédios de até 26 andares e uma cidade bem mais desenvolvida.
Mossoró recebeu cerca de 53 mil habitantes, e tem crescido vertical e horizontalmente. Temos o exemplo nítido da concepção do Mossoró West Shopping, que acarretou grandes mudanças em suas imediações.
 Desde então, a cidade passou a ser visada como centro comercial, atraindo diversas marcas de destaque, como o Maxx Atacado e Atacadão. Esse crescimento ocorreu de modo repentino e acelerado, seguido do mau planejamento da viabilidade urbana, numa área antes despercebida pela população mossoroense. Hoje esse segmento da cidade se tornou um dos mais valorizados, visto que, é onde se encontra as grandes empresas e os melhores condomínios residenciais, como o do grupo Alphaville.
No entanto, não foram apenas benefícios que surgiram com a construção do West Shopping. O aumento significativo de veículos na região leva a grandes congestionamentos, em virtude da proximidade do mesmo à Universidade Potiguar, onde o fluxo de pessoas é intenso, sendo constantes os acidentes nessa área.

Em sua opinião, os benefícios trazidos pelo shopping suprem as desvantagens também ocasionadas pelo mesmo?

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